Mulher
Acolher é uma força que a mulher transmite. Um jeito especial de transformar espaços vazios em abraços estreitos, mãos que se estendem, olhares atentos, ouvidos abertos. Lugar da recepção, do afago, da palavra que oferece consolo e ânimo. Ali onde toda fala é recebida com afeto, todo gesto de carinho encontra eco, todo problema merece reflexão, ali a mulher é. Mas acolher significa ainda mais. Preparar para o mundo que está lá fora, fazer compreender que existem fronteiras a superar, a começar pelas paredes da própria casa. Mulher sabe receber logo na entrada, deixar à vontade, orientar pelos corredores, apresentar salas e quartos. Mas também sabe reconduzir até a mesma porta, orientar para outras vontades, deixar que outros corredores se abram, apresentar outras tantas salas, outros tantos quartos. Cuidar é uma força que a mulher compartilha. Torres erguidas para defender seu espaço e todos os que o ocupam. Muros que apontam para o alto, para cima. Instrumentos construídos para evitar aproximações indesejáveis. Ali, onde olhares atentos poderão perceber, em algum recanto da muralha construída para abrigar, a mulher preparada para proteger e sempre pronta para resistir, ali a mulher é. Mas cuidar significa ainda mais. Indicar as estratégias do ataque, lançar-se na linha de frente, permanecer na vanguarda. Mulher sabe perceber no horizonte o perigo que se aproxima e orientar cada guerreiro para enfrentá-lo. Mas também sabe guiar esses mesmos guerreiros e avançar sobre aquele horizonte, aproximar-se do perigo e encará-lo, proteger os que estão na fortaleza, até o momento em que eles sejam responsáveis por outras proteções. Sentir é uma força que a mulher irradia. A nascente de onde brotam outras fontes, o rio para onde todos correm, quando querem matar a sede, a mina d’água sonora e cheia de vida. O remanso tranquilo do frescor, da transparência e da limpidez. Ali onde o chafariz alivia o cansaço e todo andarilho recebe o estímulo necessário para prosseguir a caminhada, ali a mulher é. Mas sentir significa ainda mais. Demonstrar como se pode avançar pelas margens, ocupar os terrenos próximos e distantes, favorecer o início da colheita. Mulher sabe ser água em pequenas porções, o suficiente para a necessidade mais urgente. Mas também sabe extravasar, alagar, fazer-se exemplo nessa superação dos limites estabelecidos, represar emoções com a mesma intensidade com que permite que elas transbordem. Nutrir é uma força que a mulher dissemina. Uma forma muito própria de crescer com a potência do inevitável, com a irresistível energia das coisas que têm que acontecer, porque fazem parte da ordem natural de tudo. Ali onde se vê a planta que floresce e dá frutos, a árvore que fornece sombra e frescura, a raiz que permanece fincada no chão, mas ergue seus ramos para o espaço, ali a mulher é. Mas nutrir significa ainda mais. Espalhar-se por entre outras flores e outras plantas, mover-se por todos os meandros da floresta. Mulher sabe estender suas folhas para o alto, mirando o céu, buscando a luz, como se quisesse alcançar o infinito. Mas também sabe alongar seu caule, dotando-o da capacidade de atingir tudo o que a sua sombra cobre e alimentar todos os que vivem sob ela. Intuir é uma força que a mulher ensina. Uma estrada com placas que apontam as direções mais seguras, os trajetos mais serenos, as veredas que devem ser evitadas, e as que precisam ser percorridas. Passagem para um futuro certo, que deve ser alcançado com passos vagarosos que se encaminham para um lugar definido. Ali onde predomina a planície, ali a mulher é. Mas intuir significa ainda mais. Deixar que o horizonte se abra, que outras paisagens se mostrem. Mulher sabe pavimentar rodovias retilíneas, deixar que todas as veredas se transformem em trilhas que podem ser percorridas a salvo. Mas também sabe apontar para estradas vicinais, pressentindo que existem veredas que valem a aventura de crescer, imaginando a diversidade de futuros que aguarda todo caminhante.
06 de março, 2024
Quem sofre mais com o início da vida escolar: os pais ou a criança?
O momento em que uma criança entra na vida escolar marca uma fase importante tanto para os pequenos quanto para os pais. É um período cheio de mudanças e desafios que exigem ajustes significativos. Mas afinal, quem enfrenta mais dificuldades nessa transição: os pais ou as crianças? O Lado Emocional das Crianças Especialistas destacam que muitas crianças podem sentir ansiedade ao deixar seus pais pela primeira vez para frequentar a escola. A adaptação a um novo ambiente, interação com desconhecidos e a ausência do ambiente familiar podem desencadear uma série de emoções nesse período. Porém, é reconfortante observar que a maioria das crianças se ajusta à rotina escolar rapidamente, desenvolvendo habilidades importantes de sociabilização e aprendizado ao longo do tempo. O Impacto nos Pais Os pais também enfrentam seus próprios desafios durante essa transição. Sentimentos de preocupação, culpa e ansiedade ao deixar os filhos na escola pela primeira vez são comuns. Lidar com a separação e garantir o bem-estar das crianças pode ser emocionalmente intenso para os pais. Além disso, ajustar as rotinas para atender às demandas da vida escolar dos filhos pode ser um desafio logístico e organizacional para os pais. Soluções para Apoiar Pais e Crianças A escola deve entender a importância de oferecer apoio e soluções para tornar essa transição mais suave para pais e crianças. Diante disso, é importante que ocorram alguns passos nesse processo: Comunicação Transparente: Encorajar uma comunicação aberta entre pais, alunos e a escola. Manter os canais de comunicação abertos para discutir preocupações, compartilhar informações sobre a rotina escolar e promover uma parceria entre a escola e a família é crucial. Programas de Orientação: Oferecer programas de orientação para pais e alunos. Esses programas visam fornecer informações sobre a vida escolar, estratégias para lidar com a separação e apoio emocional para a adaptação. Atividades de Integração: Promover atividades de integração para os alunos, ajudando-os a se familiarizar com o ambiente escolar, conhecer colegas e professores. Isso pode reduzir a ansiedade e facilitar a transição. Suporte Contínuo: Oferecer um suporte contínuo para pais e alunos, fornecendo recursos e orientações para enfrentar os desafios emocionais e práticos do início da vida escolar. Em resumo, entendemos os desafios enfrentados por pais e crianças no início da vida escolar. Por isso, estamos empenhados em proporcionar um ambiente acolhedor, apoio emocional e recursos práticos para facilitar essa transição importante na vida de nossos alunos e suas famílias. Se você está passando por essa fase com seu filho, saiba que estamos aqui para ajudar. Juntos, podemos tornar essa transição uma experiência positiva e enriquecedora para todos.
21 de dezembro, 2023